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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Resposta

Quem passa a vida esperando pela grande resposta não tem nenhuma de suas perguntas respondida.

domingo, 26 de junho de 2011

Ceticismo saudável

Em 2007 postei num site o comentário, com o nome de "ceticismo saudável", sobre a possível viagem da frota imperial chinesa às Américas no ano de 1421, viajando pelo Atlântico. A origem dessa história é o livro "1421 – O ano em que a China descobriu o Mundo", de Gavin Menzies (para quem é mais interessado veja o site oficial do autor: http://www.gavinmenzies.net/index.asp). Nele Menzies usa como argumento mapas (que eu anda não tinha visto na época.
Naquela época tinha lido recentemente o livro "When China Ruled The Seas", de Louise Levathes (infelizmente não publicado em Português). No livro, que focava a impressionante história de Zheng He, o escravo eunuco e muçulmano que acabou chefiando a frota imperial chinesa. Nesse livro havia a imagem de algumas cartas de navegação chinesas da época. Não eram nada parecidos com os mapas europeus da mesma época. Eram mapas costeiros, que eram bem apropriados para o tipo de navegação de cabotagem que os chineses costumavam fazer. Seus navios também não eram apropriados para longas viagens em mar aberto, eram grandes (pelo menos alguns deles), lentos e pesados. Além disso, a tripulação era enorme e, somado à lentidão da frota, seria preciso uma enorme quantidade de provisões para sustentá-la em uma viagem tão longa. Para se ter uma idéia, a primeira viagem de Colombo, com embarcações bem mais rápidas, durou 5 semanas.

Voltando ao post original:
"Pesquisei, mas não encontrei muitas informações sobre o mapa. Há algumas referências de que os chineses, talvez tenham chegado à costa americana do Pacífico. Porém é muito improvável que tenham chegado à América pelo Atlântico. Além disso. É só analisar os relatos das viagens de Zheng He para concluir que não haveria tempo hábil para que ele pudesse fazer viagens tão longas com o tamanho da frota que possuía e tendo que parar longos meses nos portos para negociar mercadorias. Além disso, as viagens de Zheng He foram exaustivamente planejadas. Ele não foi a nenhum lugar que não tivesse informações detalhadas do que iria encontrar. Por outro lado se houver provas sólidas dessas viagens. Gostaria de ter mais informações. No momento, mantenho o meu ceticismo saudável."

Continuo cético.

Os 10 melhores desenhos animados

Na descrição do blog disse que falaria sobre cinema. Sempre adorei cinema. Houve uma época que era a minha única diversão. Com o advento do vídeo-cassete e seus sucedâneos, além de outros fatores, assisti muito mais filmes em casa do que na "sala escura".
Em homenagem aos meus filhos, decidi começar pelos filmes de animação. Listei os meus 10 desenhos favoritos. Para que a lista não ficasse interminável e só contendo clássicos, usei como data limite para desenho mais antigo, o ano de nascimento do meu filho mais velho, 1994. É claro que não assisti todos os longa-metragens de animação lançados nesse período. Portanto a lista é dos favoritos dentre os muitos que assisti. Excluí da lista aqueles que não eram totalmente apropriados para crianças, seja pelo conteúdo ou pela dificuldade de compreensão.
Quem tiver curiosidade veja a lista da Wikipédia:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_animated_feature-length_films
Vamos lá para a lista dos 10, em ordem de ano de lançamento:
  • - "O Rei Leão" – 1994 (Estados Unidos) – na minha opinião, o último dos grandes desenhos musicais. A cena do estouro da manada é inesquecível. 
  • - "Toy Story" – 1995 (Estados Unidos) – o primeiro filme totalmente digital comercialmente importante. A história do cinema mudou a partir dele.
  • - "FormiguinhaZ" – 1998 (Estados Unidos) – um filme muito inteligente, que permite a apreciação de adultos e crianças em vários níveis. No mesmo ano, foi lançado "Vida de Inseto" que é um filme mais engraçadinho, mais apropriado para as crianças, mas que não é original porque recria a história dos "Sete Samurais" de Kurosawa.
  • - "A Fuga das Galinhas" – 2000 (Reino Unido) – contradizendo o que falei acima, este está na lista apesar de ser baseado em um filme ("Fugindo do Inferno", com Steve MacQueen, que por sua vez foi baseada numa história verídica). Mas neste caso, a qualidade do filme, feito com a técnica stop-motion (com massinhas) e o humor tipicamente britânico, foram um marco da animação.
  • - "Monstros S.A." – 2001 (Estados Unidos) – é difícil falar deste filme sem me emocionar. Sei que não é dos mais populares, mas é o MEU desenho favorito entre todos os que assisti na minha vida. A história, extremamente original dos monstros tentando ajudar a menininha, narrada de uma maneira leve, bem humorada, ágil e sem tensões exageradas, me marcou.
  • - "Madagascar" – 2005 (Estados Unidos) – simplesmente uma das comédias mais engraçadas que conheço (seja animação ou não). Não é piegas, mas também não é apelativo como vários outros.
  • - "Por Água Abaixo" – 2006 (Reino Unido/Estados Unidos) – este não fez muito sucesso, mesmo assim tem qualidades inegáveis. Foi realizado por computador pela mesma equipe que fez a "Fuga das Galinhas". A experiência deles em stop-motion, dá profundidade e textura visuais únicas. Mas isso é só a técnica, o roteiro é cheio de referências para o público adulto, sem tirar nem um pouco do interesse para as crianças. Além disso, quem conhece Londres achará super interessante a riqueza de detalhes sobre a vida britânica.
  • - "Ratatouille" – 2007 (Estados Unidos) – é apaixonante a história, pouco óbvia de mais uma história de ratinhos. Desta vez o rato tem uma comunicação não verbal com os humanos, porém com sinergia e envolvimento. O final também é pouco obvio. Além disso, a reconstituição de Paris vale por si só assistir o filme.
  • - "Wall-e" – 2008 (Estados Unidos) – o filme é claramente dividido em duas partes. Enquanto a primeira é bastante filosófica, lembrando muito os grandes filmes de ficção científica dos anos 60, e agrada em cheio o público adulto que gosta desse tipo de filme. Os primeiros 30 minutos de filme são dignos de um Stanley Kubrik, Steven Spilberg ou George Lucas (que já fizeram ou produziram animação, mas sem essa simplicidade de comunicação). Depois, na segunda parte a qualidade cai um pouco, mas para as crianças é bem mais interessante.
  • - "Up" – 2009 (Estados Unidos) – nos desenhos, os valores da amizade são um lugar comum. Só que desta vez o herói da história é um velinho. Pelo que me lembro é o primeiro filme de animação em que a velhice é tratada com essa ternura e, por alguns momentos, quando narra a história do Sr. Fredricksen e sua esposa, crueza.
Filmes fora da lista dos 10 melhores, mas que merecem uma menção honrosa, por razões bem pessoais:
  • - "Buzz Lightyear do Comando Estelar" – 2000 (Estados Unidos) – animação em 2D, que só saiu em vídeo. Só está aqui pela seguinte frase que o Buzz fala no filme e que eu, por um bom tempo, tinha escrito no meu material de trabalho: "O procedimento é o que nos salva das forças malignas do caos".
  • - "Tigrão – o filme" – 2000 (Estados Unidos/Japão) – esse musical que é uma graça, também só saiu em vídeo. Lembro da minha filha pequena, TODOS OS DIAS pedindo para assistir. Sei a trilha sonora de cor.
  • - "Coraline" – 2009 (Estados Unidos) – esse stop-motion é uma adaptação do livro homônimo. Ele segue uma tradição, relativamente recente, de animações sombrias com um clima de "terror", como "A Casa Monstro" e "A Noiva Cadáver". Todos muito bons, mas um pouco assustadores para boa parte das crianças.
  • - "Meu Malvado Favorito" – 2010 (Estados Unidos) – o filme é delicioso e todos os pais deveriam ser obrigados a assistir com suas filhas.

sábado, 25 de junho de 2011

Budismo

Pelo título dá a entender que vou falar de religião. Pois não vou. Não gosto de falar sobre o que não conheço bem. Por isso, vou fala de viagem. Sempre adorei viajar, desta vez foi um "tiro curto", mas que eu estava ansioso para fazer. As minhas viagens sempre foram bastante planejadas. E eu sentia uma enorme pressão para que tudo desse certo. Desta vez, joguei fora o mapa e deixei rolar.
Fui convidado para conhecer um templo budista aqui perto. Já tinha ido a outro templo antes, porém foi diferente. Não sei se foi o dia frio e úmido, ou a companhia, mas achei o lugar com uma aura meio mágica. O templo não é grande, mas é muito lindo. A neblina estava muito forte e não dava para enxergar nada da paisagem. O tempo parecia estar flutuando. A estrada também é muito linda.
Foi um dia bem legal. Espero por outros assim.
Abaixo o link do site oficial do templo:

O cara desinteressante por ele mesmo

Há alguns meses encontrei este post. Achei a minha cara.
Para quem quiser ver o original, vai o link abaixo:
http://papodehomem.com.br/voce-nao-desperta-o-interesse-das-suas-amigas-entenda-por-que/

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Deixa chover

Nas minhas fantasias queria que houvesse um dia específico para chover, ou talvez uma hora certa para isso acontecer. Imaginem como isso facilitaria o planejamento da nossa vida. Porém, isso é só um devaneio.
Sei que existem lugares que ficam mais de um ano sem chuva. Nunca visitei nenhum deles, mas imagino cidades empoeiradas e sujas. Filosoficamente essa é uma das funções da chuva: lavar, limpar e carregar para longe toda a sujeira indesejada. A chuva lava as ruas e as almas.
Lembrando da minha história recordo de inúmeros dias nos quais a chuva atrapalhou ou inviabilizou programas que eu tinha. Já estive preso no trânsito, várias vezes, devido a alagamentos. Já tive o carro alagado pela água. Na minha infância as goteiras em casa eram uma constante, nem sempre tínhamos panelas e baldes suficientes para colocarmos em todas elas. Me recordo das vezes que voltei para casa com água até os joelhos e dos tantos guarda-chuvas (esses objetos essenciais e hoje descartáveis) que se quebraram com as rajadas de vento. Me veio à memória de um período de chuvas tão intensas que os meus pais resolveram colocar todos os nossos móveis no depósito da empresa de um amigo. Enquanto isso, eu e minha irmã fomos para a casa de outros amigos na praia. Foi um "veraneio" no inverno. Hoje é uma boa lembrança.
Atualmente vivo numa cidade que chove, em média, mais de 150 dias por ano e que, raramente, fica mais de 15 sem chuva. Assim, a chuva é parte integrante da minha vida. Não adianta negar ou me revoltar.
Agora, como tantas vezes, a chuva ameaça um passeio bastante esperado. Mas vou tentar abstrair isso. Tentar controlar a minha ansiedade.
Assim, deixa chover.
(Obrigado pela foto P.)

Não abandone a história

Por formação, aprendi que deixar comida no prato é uma má atitude. Um pecado. Assim também sinto quando vejo uma casa vazia, abandonada. Mesmo um imóvel que fica tempo demais esperando para ser locado ou vendido, degradando-se. Pior ainda são as obras inacabadas, é como se um enorme desperdício de recursos estivesse presente. Todo o trabalho de meses, às vezes anos, tenha sido jogado no lixo antes de ser usado. Me corta o coração de engenheiro.
No mundo virtual é a mesma coisa. Uma conta no Orkut ou Facebook que está inativa é um símbolo de abandono. Como se o proprietário estivesse renegando uma parte de sua vida. Melhor seria cancelar a conta. No caso dos blogs abandonados é própria personalidade do blogueiro que se foi. É um diário abandonado. Não abandone o seu blog.
A história da vida privada foi quase toda contada através de cartas e diários. Hoje, com os e-mails protegidos contra intromissão externa e a fugaz vida de um arquivo privado na internet, é fundamental que se mantenham os blogs vivos. Nós estamos fazendo a história.
P, gostei de ver o teu blog voltar à vida.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Comparações

Não sei se aconteceu com você, mas na minha infância e adolescência vi isso muitas vezes em várias casas. A minha mãe vivia dizendo: "o fulaninho já aprontou tal trabalho", "a filha da fulaninha é melhor; maior; fez mais cedo (ou qualquer coisa mais positiva) do que você". Para alguns essas comparações serviram como um desafio e estimularam o crescimento pessoal, seja acadêmico, profissional ou nos relacionamentos. No meu caso, só serviu como depressor. Com os anos, por diversas razões fui superando e não dou quase importância se alguém tem mais, melhor ou maior do que eu. Aprender a lidar com as limitações, frustrações e inveja faz parte do amadurecimento.
Ontem, apesar de tudo isso, fui comparado. Na verdade caí numa armadilha. Uma armadilha que quem armou não tinha essa intenção, mas aconteceu. Recebi o mesmo presente que outro alguém e não tive a mesma reação. Fui execrado. Bem, talvez não tanto. Mesmo assim me senti um lixo. Me lembrei desagradavelmente da minha infância.

Quando fazer o melhor não basta.

Um colega meu tem uma frase emblemática: quando cada um procura fazer o seu trabalho, mas sem se preocupar com o todo, resulta que todos acabam cumprindo a sua parte mas o resultado global é uma droga.
Assim é quando se procura fazer o melhor para agradar uma pessoa. Se a pessoa a quem se quer agradar esperava outra coisa, nem sempre mais, mas algo diferente, a frustração é certa.
Chego à conclusão de que o importante são as expectativas. Quanto mais próximos forem os "agrados" das expectativas de quem é "agradado" maior o índice de sucesso.
Às vezes é caso daquela "surpresa" que alguém te pede. Se a surpresa for algo previsível ou abaixo da qualidade que a pessoa esperava, o resultado é pior do que não fazer nada.
Eu, com certeza não sei lidar bem com isso.

domingo, 19 de junho de 2011

Conviva com as suas dúvidas

Depois do turbilhão, comecei a assistir alguns episódios de “Law & Order – SVU”. Ainda prefiro “House”, mas essa é outra história. O que eu mais gostei no SVU é o fato de falar um pouco sobre sociopatas e psicopatas, acho que é uma maneira de me sentir mais normal. Mas, também aprecio a maneira com que as histórias são narradas, sem se preocupar tanto com a ação e focando mais na emoção.
Pois bem, semana passada assisti um episódio antigo, da 6ª temporada, passada originalmente entre 2004 e 2005. O episódio chamava-se “Doubt” e era sobre um caso em que um professor universitário e uma aluna sua acusavam-se mutuamente, ela de que ele a havia estuprado e ele de que ela o forçou a fazer sexo. Não entrando em detalhes, para não estragar o prazer de quem quer assistir, posso dizer que o final foi inconclusivo. Mas isso foi o que achei mais interessante, a dúvida de que o título fala é presente em muitos momentos da nossa vida. Somos obrigados constantemente a opinarmos de que lado estamos em um confronto. Quem achamos que está com a razão.
Quando há pressa, temos que decidir para qual lado pendemos. Por outro lado, boa parte das vezes tomamos a decisão errada, mas nem sempre admitimos isso. Preferimos cometer uma injustiça a nos confessarmos falhos.
Quem puder assistir ao episódio pense de que lado você ficaria. Depois viva com a dúvida.

Fontes: 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Juventude

Se juventude é uma virtude, é uma virtude que se perde um pouco a cada dia.

O porquê das fotos.

Você já se perguntou por que tiramos fotografias? Não falo daquelas de paisagens ou pontos turísticos, mas daquelas em que aparecem pessoas específicas, os "retratos". Tem os retratos com paisagem ou pontos turísticos no fundo. Esses são só para provar que você esteve lá (será que é preciso?). Mas a minha pergunta objetiva saber sobre os retratos só com pessoas. Aqueles que você tira em casa, sentado com a família, ou num restaurante, ou mesmo na frente do espelho, para coloca no orkutfacebookmyspace.
Por que temos a necessidade de guardar a nossa imagem ou de pessoas que conhecemos?
Será que queremos nos ver, como num espelho congelado? Aliás, a própria existência do espelho já é curiosa. Ainda hoje, boa parte da população mundial nunca viu o seu próprio rosto num espelho. Então por que temos tanta obsessão pelos retratos? Por que tiramos dezenas de fotos, com as nossas câmeras digitais e celulares, na mesma pose, com mínimas variações (como se fosse um jogo-dos-sete-erros), e guardamos TODAS no computador?
Você teria a coragem de deletar todas elas? Ok, não sejamos tão radicais. Você teria coragem de ficar só com 10% dos retratos que você tem de si mesmo? Ou de, pelo menos, jogar fora todas aquelas que você aparece ao lado de pessoas que não lembra mais o nome ou que gostaria de esquecer?
Eu sei. Também acho desafiador!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Olhar no espelho


Está cada vez mais difícil me olhar no espelho.
Nada a ver com a idade.
Somente falta de amor próprio.