Livros de auto-ajuda costumam me causar enjôo. Porém, recentemente li um livro, "Amar ou depender?" – de Walter Riso, que eu estava me lembrando. Hoje voltei caminhado para casa, fiz questão disso apesar da oferta de carona, gosto de pensar caminhando, no meu ritmo, sem muita pressa. A temperatura estava agradável e o Sol já estava se pondo, foi pouco mais de uma hora, muito bom.
Retornando ao livro, procurei um capítulo sobre o "resgate da solidão". As pessoas, pelo menos na nossa sociedade, vêem com maus olhos a solidão, mas existem também coisas positivas nela, assim faço abaixo um apanhado de frases do livro:
- A solidão imposta é desolação, a escolhida é libertação.
- Para os que sofrem de vulnerabilidade ao sofrimento, a solidão é desamparo.
- Para os que precisam de estabilidade, é abandono.
- Para os que carecem de autoestima, é desamor.
- [Por outro lado,] favorece a auto-observação e é uma oportunidade para conhecer a si mesmo.
- Quando não há ninguém por perto, o organismo se sente mais seguro e concentrado: não há necessidade de aprovação, nem competição, nem críticas.
- [A solidão também] nos induz a largar as muletas, a enfrentar o imponderável e a nos lançarmos no mundo.
O autor termina com o seguinte comentário:
"É disso que trata o respeito à intimidade. Amar na ponta dos pés para que não haja sobressaltos, e se encontrar nos corredores. Respirar o mesmo ar sem contaminá-lo e compartilhar o amor sem fazê-lo de forma explícita. [...] Podemos ser interdependentes sem sermos dependentes. A nostalgia do solitário é a dependência rechaçada. A solidão é a interdependência compartilhada."